Como saber se realmente preciso usar aparelhos auditivos?

A hora de usar aparelhos auditivos pode ser agora!

 

A perda auditiva é uma importante condição de saúde que afeta grande parte da população e possui uma ampla gama de fatos causadores. Ela promove uma diminuição da sensibilidade e capacidade auditiva que pode ser sentida em diversos graus e tipos.

 

A pergunta que fica é, qual é a hora de usar aparelhos auditivos? Quando eles são capazes de oferecer benefício?

Antes de tudo, precisamos compreender que os aparelhos auditivos atuam no processo de habilitação e reabilitação auditiva. A finalidade do uso do aparelho muda de acordo com o público no qual ele está sendo destinado. Em pessoas que adquiriram a perda auditiva após desenvolverem a fala, o principal objetivo é restaurar aquilo que foi perdido e possibilitar acesso aos sons, isto é reabilitar uma habilidade que sofreu danos. Já em um indivíduo que ainda não aprendeu a falar, o objetivo principal é fornecer meios para que possa adquirir a linguagem falada, ou seja, habilitar.

 

Tanto para a reabilitação como para a habilitação, o primeiro passo é sempre a identificação do problema. É necessário saber o tipo e o grau da perda auditiva e o impacto que essa dificuldade promove na comunicação, na vida social, no processo de aprendizagem e nas funções cognitivas. A identificação só ocorre por meio do diagnóstico, se você tem dúvidas sobre sua capacidade auditiva procure bons profissionais e faça uma avaliação completa com exames apropriados, consulte um(a) médico(a) otorrinolaringologista.

 

Quem é indicado ao uso de aparelhos?

Ao considerarmos somente as condições clínicas audiológicas, as pessoas mais indicadas a usar aparelhos auditivos são aquelas que possuem perda auditiva do tipo neurossensorial, seguidas de indivíduos com perda auditiva condutiva que não tenham outra indicação de tratamento médico ou algum tipo de intervenção cirúrgica. Pode haver indicação para casos de perda auditiva mista.

 

Quanto ao grau da perda, a indicação tradicional considera a média das frequências de 500, 1000, 2000, 3000 e 4000 Hz (no audiograma) maior ou igual a 30 dB, na melhor orelha. Alguns estudos mostraram que pessoas com média entre 40 e 85 dB sentem maior benefício com o uso da prótese auditiva, mas não é uma regra.

 

O fato é que quanto maior for a dificuldade de compreensão de fala, maior será a necessidade do uso de aparelho. Porém em pessoas com perdas auditivas de grau profundo, usar aparelhos auditivos pode não oferecer grande benefício, nestes casos o implante coclear e outros dispositivos de sistema vibrotátil podem ser mais vantajosos.

 

Outras implicações também interferem na indicação. Em perdas em somente uma orelha, perda auditiva unilateral, o uso de aparelhos auditivos é indicado quando a dificuldade impactar no processo de comunicação e localização sonora, há sistemas de aparelhos específicos para este caso. Em casos de perda auditiva flutuante (neuropatia), o uso de aparelhos auditivos também pode ser recomendado, mas é necessário que haja monitoramento médico e audiológico regular.

 

Crianças com perda auditiva de grau profundo que ainda não desenvolveram a fala também são candidatas ao uso de aparelhos auditivos, se conseguirem detectar os sons da fala. Nesta população, o benefício com o uso temporário de próteses auditivas é mensurado como critério de avaliação para o uso de implante coclear. Neste público fazemos a habilitação, aos pais de bebês que nasceram com dificuldade auditiva ou às crianças que perderam a audição antes de adquirirem a linguagem. Se o seu objetivo é permitir que seu filho(a) possa escutar e desenvolver a linguagem oral fique atento a essas três dicas: (1) corra contra o tempo, tratamento precoce é fundamental; (2) procure bons especialistas em audição (otorrinos e fonoaudiólogos); (3) informe-se o máximo que puder.

 

Para o tratamento de condições clínicas como o zumbido, o uso de aparelhos auditivos também pode ser indicado. Há também contraindicações para o uso de aparelhos auditivos, como por exemplo a presença de algumas alterações cognitivas. Sempre converse com profissionais especializados para compreender o que é possível de ser realizado no seu caso, pois existem várias condições de saúde que precisam ser resolvidas antes de usar aparelhos auditivos.

 

Para além dos critérios clínicos audiológicos, outros pontos importantíssimos devem ser considerados pois exercem grande influência no uso dos aparelhos auditivos. Seguem abaixo:

 

Motivação

Sem motivação não fazemos quase nada, muito menos usar aparelhos auditivos. Ela é o fator determinante para que o paciente mantenha o uso diário necessário do aparelho. A motivação é o reflexo de tudo que o indivíduo identificou como impacto negativo da perda e como o aparelho pode ajudar nessas situações identificadas.

 

Quanto de sua deficiência auditiva a pessoa é capaz de perceber? O reconhecimento das dificuldades é o primeiro passo para que a motivação exista. É através do conhecimento que o indivíduo terá ferramentas para lidar com o medo, as incertezas e o preconceito que, infelizmente, ainda fazem parte dessa jornada. Procure profissionais empáticos para estar lado a lado nessa caminhada.

 

Custo

O preço dos aparelhos auditivos no mundo é elevado, fazer uso de prótese auditiva é um tratamento caro, especialmente no Brasil. O ponto positivo é que temos o SUS, o negativo é que o acesso pode ser um pouco demorado e com algumas etapas a serem cumpridas. Para quem optar por fazer o tratamento na rede privada, a boa notícia é que temos uma infinidade de possibilidades de formas de pagamento com descontos interessantes e parcelamentos atrativos, principalmente para a compra de dois aparelhos.

 

Há também o crédito acessibilidade do Banco do Brasil como uma alternativa interessante. Os juros desse crédito é bem abaixo do praticado no mercado e possibilita o parcelamento em até 60 vezes.

 

A hora de usar aparelhos auditivos pode ser agora!

E a nossa dica é: tire todas as suas dúvidas com o seu(sua) fonoaudiologo (a), informe-se sobre tudo o que está sendo oferecido na compra dos aparelhos auditivos (benefícios, acessórios, programa de acompanhamento, etc) e compreenda como a tecnologia oferecida irá te ajudar em sua qualidade de vida.

 

Agende uma consulta conosco e saiba mais. Estamos à disposição para ajudá-los a amplificar o seu bem-estar!

 

Fga.: Marina Cavalcanti

CRFa.: 2-21178

 

 

 

Referências:
Dillon, Harvey. Hearing aids / Harvey Dillon. Assessing candidacy for hearing aids. 2nd ed. Thieme.p.255-85 (2012). ISBN 978-1-60406-810-8
Bess, Fred H. Audiologia: fundamentos/ Fred H. Bess, Larry E. Humes. Amplificação e Reabilitação. Revisão técnica Cecília Helena de Bariol Valente; [tradução Regina Jakubovicz, Nelson Gomes de Oliveira].-Rio de Janeiro: Revinter.p.251-306 (2012).

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